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Santos Kaliópios, Rufinos, diácono e Akylina, mártires de Sinope († 304)


Kaliópios pertencia a uma família de senadores de Perge, na Panfília. Foi educado por sua mãe Theocles nas virtudes cristãs. Quando foi promulgado o edital que ordenava a perseguição aos cristãos, por Diocleciano, (304), refugiou-se em Pompeiopolis na Cilícia. Testemunhando os cultos que o prefeito Maximo rendia aos ídolos, o jovem cristão se recusou a participar, declarando: «sou cristão, e através do jejum honro a Cristo!» Imediatamente foi preso e levado aogovernador que lhe ofereceu sua filha em casamento se aceitasse sacrificar aos deuses do império. Kaliópios respondeu: «Conheço bem tudo isso, mas estou totalmente entregue a Cristo, meu Deus, e apresento neste tribunal, em minha defesa, a Santíssima e Imaculada Virgem Maria. Maximo, furioso, ameaçou submetê-lo a longos tormentos. O Santo Mártir respondeu: «As punições, tanto mais longas e cruéis, tornarão minha coroa ainda mais rica e valiosa, pois está escrito: ‘E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente’ (2Tm. 2:5)». Foi então cruelmente espancado com cabos revestidos de chumbo, e depois jogado sobre as chamas. Mas um anjo interveio e extinguiu o incêndio frustrando os esforços dos carrascos. Depois, o juiz ordenou que o valente guerreiro de Cristo fosse conduzido ao mais profundo calabouço da prisão. Ao saber do que havia acontecido ao seu filho, a piedosa Theocles libertou seus escravos, distribuiu sua riqueza aos pobres e à Igreja, juntando-se ao seu filho Kaliópios na prisão. Esgotado pelas torturas,Kaliópios não conseguia sequer levantar sua cabeça, mas inclinando-se, disse: «Mãe, que bom que veio! Testemunharás a Paixão de Cristo em mim!» – «Estou feliz, disse ela, pois sou capaz de oferecer a Deus o meu mais valioso tesouro». E, todas as noites eles vigiavam juntos, orando e glorificando a Deus. Sendo novamente conduzido ao tribunal, Kaliópios exclamou: «Estou ansioso por morrer por Cristo, o meu Senhor!» Na Grande Quinta-feira Santa Theocles soube que seu filho havia sido condenado à crucificação. Ela possuía então cinco moedas de prata que entregou aos carrascos que crucificaram Kaliópios com cabeça para baixo, como o apóstolo Pedro. No dia seguinte, a Grande Sexta-feira Santa, no exato momento da morte de nosso Salvador, o Santo Mártir entregou sua alma a Deus. Quando seu corpo foi descido da cruz, sua mãe correu para abraçá-lo e, beijando-o por três vezes, glorificou a Deus e entregou também sua alma nos braços do Senhor. Os cristãos do lugar sepultaram reverentemente os corpos da mãe e filho, unidos para a eternidade no amor de Cristo, mais forte ainda que os laços da carne.

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