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A nossa Cruz (Segundo parte)

A nossa Cruz

(Segundo parte)

“Por amor de ti (de Cristo) somos entregues à morte todo o dia” Romanos 8:36, essse foi o clamor do apóstolo Paulo a Jesus. O apóstolo não lutava em sua vida para seu ganho ou sua sobrevivência, mas por Jesus e pela evangelização do mundo inteiro. Essa é uma verdadeira cruz, da qual pode seu portador dizer: “Estou crucificado com Cristo”.

O nosso amor provêm da Cruz do Senhor, e por isso estamos consolados e alegres em nossa cruz. Jesus não nos chama a tolerar as dificuldades, mas a carregar as dores dos outros, e aqui começa nossa cruz. Tolerar as adversidades requer paciência que é uma virtude para todo o mundo, mas a Cruz é exclusivamente o sinal marcante dos seguidores de Jesus.

Os braços extendidos de Jesus na Cruz nos convoca, calorosamente e resolutamente, a seguí-lo e carregar as paixões do mundo, levando a nossa própria cruz, como um sinal da glória e consolação. A Cruz não é mais instrumento de morte, mas paraiso da vida. As adversidades ferem o homem, causando dor em seu coração, mas a Cruz do Senhor é o “madeiro da vida” que nEle “vivemos, e nos movemos, e existimos”.

“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” Gálatas 6:2. Esse foi o mandamento de São Paulo: carregar uns as fraquezas dos outros. Esse é a cruz de amor divino que levamos com amor e nos consola. Carregamos nele o ateísmo do mundo, para que sejamos escritos no “livro da vida”.

O amor, então, é a motivação que nos leva a crucificarmos a nós mesmos, carregando as paixões dos outros em nosso corpo para completar as paixões de Cristo, como diz o apóstolo Paulo: “Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja”, pois toda ação que é feita por amor tem consolação sem igual.

Cada cruz, que não seja motivado pelo amor, é um destino negro, pois nele não existe consolação, apenas o ter pesciência. A Cruz é um chamado para nós, é uma responsabilidade nossa, que seja qual for a miséria terrena que ela comporte, estará cheia de alegria e consolação. A Cruz do Senhor não terminou com sua crucificação e ressureiçaõ, pois a nossa Cruz forma uma parte da Cruz do Senhor, que é estendida através da história até que a nova Jerusalém desça do Céu, onde não haverá dor, nem tristeza, nem lamentação, mas vida eterna.

Por isso, o apóstolo Paulo diz abertamente: “Estou crucificado com Cristo”, e depois esclarece “não mais eu, mas é Cristo que vive em mim”, querendo dizer que se nós dedicarmos nossa vida para carregar uma parte da Cruz de Jesus, a nossa vida será unida à de Cristo, sendo que Ele que vive em nós.


Amém.

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