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São Timóteo, apóstolo [dos 70]


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São Timóteo, o discípulo amado de São Paulo, era natural da cidade de Listria de Licaonia. Seu pai era um grego pagão e sua mãe, Eunice, era uma judia que abraçou o cristianismo, juntamente com a avó de Timóteo. São Paulo elogiava a fé destas duas mulheres.

Desde a sua juventude, Timóteo havia se dedicado por completo ao estudo da Sagrada Escritura e, quando São Paulo estava pregando em Licaonia, os cristãos de Icônio e Listria elogiaram de tal modo a Timóteo, que o Apóstolo Paulo o escolheu por companheiro para substituir Barnabé. Isso fez com que o «Apóstolo dos gentios» pusesse de manifesto seu zelo e sua prudência, pois que, embora pouco antes tivesse se recusado a fazer circuncidar a um tal Tito, cujos pais eram pagãos, a fim de demonstrar a liberdade do Evangelho e refutar aqueles que afirmavam que o rito da circuncisão tinha permanecido como preceito na Nova Lei, fê-lo circuncidar, no entanto, a Timóteo, filho de uma judia, acreditando que com isso se pudesse se fazer mais aceitável aos olhos dos judeus, ao mesmo tempo em que demonstrava que não era um inimigo da lei. São João Crisóstomo elogia a prudência que demonstrou nisto o Apóstolo São Paulo. A isso se acrescenta a fidelidade e a obediência de Timóteo ao apóstolo que, impôs as mãos sobre este discípulo confiando-lhe o ministério da pregação. A partir de então, não o tinha apenas como seu discípulo e filho muito querido, mas como um irmão e companheiro de trabalho. São Paulo lhe chamava «homem de Deus», e na sua Epístola aos Filipenses, disse, em relação a Timóteo, que a ninguém estava mais unido em espírito.


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São Paulo escreveu sua primeira carta a Timóteo da Macedônia, a segunda de Roma, onde estava prisioneiro, pedindo para que fosse vê-lo na capital do império, antes de sua morte. Esta segunda carta é uma explosão de ternura de São Paulo por seu discípulo, alenta-o em suas dificuldades, procura reavivar nele a coragem e o fogo do Espírito Santo que a ordenação lhe havia dado e lhe dá instruções sobre os falsos irmãos daquela época, prevendo novas desordens e dificuldades na Igreja.

São Timóteo bebia apenas água, mas como sua saúde estava abatida pela grande austeridade, São Paulo lhe aconselhou para que tomasse um pouco de vinho. Diz São João Crisóstomo: «Ele não lhe disse simplesmente: ‘beba vinho’, mas, ‘beba um pouco de vinho’, e isto, não porque Timóteo precisasse desse conselho, mas porque nós é que necessitamos dele».

São Timóteo era ainda jovem, nesta época, tendo por volta de quarenta anos, ao que parece. Não é, portanto, difícil que tenha ido à Roma para ver o seu mestre. Devemos supor que Timóteo foi nomeado bispo de Éfeso por São Paulo antes da chegada de São João àquela cidade. Uma forte tradição diz que o Apóstolo São João também exerceu o apostolado em Éfeso e que supervisionava todas as igrejas da Ásia.

São Timóteo foi apedrejado e espancado por pagãos ao manifestar a sua oposição às suas cerimônias. Com efeito, em 22 de janeiro comemorava-se a festa chamada Katagogia, e nesse dia os pagãos percorriam a cidade em grupos, levando em uma mão um ídolo na outro um pedaço de pau. Há evidências de que as supostas relíquias de São Timóteo tenham sido levadas para Constantinopla, durante o reinado de Constâncio. São João Crisóstomo e São Jerônimo aludem aos sinais sobrenaturais que ocorreram no santuário de Constantinopla, como um assunto que era do conhecimento comum.

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